(Proposto por ContorNus, aqui fica o meu contributo a que lhe chamo Títulos Circulares)
A título me fiz, confinado ao palco que me aperta ao respirar, confinando-me à pequena caixa sem surpresas nem certezas. A treze réstias te fiz, consentindo vários pecados, olvidando tumultos inatos a quem Sou.
Tácito, no escuro de uma sala, na quietude trazida de um vulgar abandono, pretensiosa "absentia" do rigor a que me dou, por vezes, à noite.
A minha vida, num rol de projecções mentais, como em matiné de cinema mudo, surdo de me ouvir em todos os nomes. Chamam-me assim, à realidade do dia, mesmo que o sol se apresente pálido e incerto.
A menina que brincava sozinha, devorada por olhares proibidos, vacilava entre o passeio e a berma da estrada. Temiam os homens comuns pela sua presença, tentavam-na, recusavam-se a parar. Olhavam e partiam com medo da teia.
Amadurecida no decorrer do tempo, em mulher de Agosto caí, mergulhei e morri. O seu rosto sem mácula corrói-se-me ainda no pensamento, na pele, no ardor da alma, fazendo de mim novamente em reconvertido desconcertante, afundando-me na heroína de a pensar em todo o presente.
Pela memória que se funde à luz do instante, estou triste, por nada. Obrigado. Contido na noite, apagam-se as luzes pelas casas. Volto a dormir.
Tácito, no escuro de uma sala, na quietude trazida de um vulgar abandono, pretensiosa "absentia" do rigor a que me dou, por vezes, à noite.
A minha vida, num rol de projecções mentais, como em matiné de cinema mudo, surdo de me ouvir em todos os nomes. Chamam-me assim, à realidade do dia, mesmo que o sol se apresente pálido e incerto.
A menina que brincava sozinha, devorada por olhares proibidos, vacilava entre o passeio e a berma da estrada. Temiam os homens comuns pela sua presença, tentavam-na, recusavam-se a parar. Olhavam e partiam com medo da teia.
Amadurecida no decorrer do tempo, em mulher de Agosto caí, mergulhei e morri. O seu rosto sem mácula corrói-se-me ainda no pensamento, na pele, no ardor da alma, fazendo de mim novamente em reconvertido desconcertante, afundando-me na heroína de a pensar em todo o presente.
Pela memória que se funde à luz do instante, estou triste, por nada. Obrigado. Contido na noite, apagam-se as luzes pelas casas. Volto a dormir.
15 comentários:
Aplaudo-te. Todo o teu espólio numa só nota. Tu no palco, aquele teatro, bato palmas para ti sózinha!
*
Blograma?
Gostei, gotei. mesmo. Queria comentar algo mais feninido, mas não posso, não sei.
Depois disso, gostaria de conseguir adormecer... intenso, muito intenso!
beijos***
E eu saio de mansinho, para n�o acordar o menino. :))
xiuuuu (beijo silencioso)*
E a música que toca (...)
Caramba. Se tivesse que fazer a mesma coisa estava tramada é preciso escrever Muito para chegar a isto...
Muitos beijos
cada vez que passeio pelos blogs, mais surpreendida fico perante os talentos e emoções que os mesmos desvendam. obrigada.
Foste nomeado :-)
Beijinhos
Um texto feito de titulos... brilhante, gostei. Gostei ainda mais porque dar titulos ao que escrevo é como uma missão impossivel (fraquezas), e tu, consegues dar sempre titulos eximios em conjugação perfeita com o que escreves...
Beijo sem titulos
hoje reparei num pormenor!
Teias existem sempre por todo lado... umas boas outras más... ;)
"Menina... em mulher Agosto... "
Gostei desta parte!
Tentações são muitas que andam por ai à solta... umas mais complexas... outras menos... mas toas nos tentam! ;)
Beijinhos e inté...
agora sim....está inteiramente des encruzilhado doeste desafio ;)
muito bem conseguido!
beijo*
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