Alguma
coisa há-de passar
como
crivos na almofada
de
uma noite não passada
sem
ser dada ao acaso
justifica-se
plena, entre lábios
alguma
coisa há-de passar
De
quando em vez, até me sinto
não
dado a meias medidas
à
sombra te clamo, estendida
num
recanto meu te encontro, faço minha
esta
vontade de me querer mais fundo em ti
porque
alguma coisa há-de passar
Passado
seria, contido a pouco
no
tanto que me escrevo a frio
e
ao calor, consentindo aos olhos
revelem
o que mais contenho em mim
um
pouco calado, um tanto surdo
em
que alguma coisa há-de passar
Passa-me
algo, entre espessuras
sentir,
singular, esta vontade
uma
mão que me escapa, a monte
na
soltura, no enlevo de bater em ti
sem
nada me fazer, parar de sentir
entre
ossos, estes, por entre te escrevo
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