Aqui se prende, aprende no presente
Na lábia sabida, sentida, nua língua
Comovendo o mundo por inteiro
Um pouco de nada complexo
E simples é chegar, abraçar o sorriso
Pintar a cegueira, certa de sonhos
Revolver-te em águas, tuas lágrimas
E, ainda turvo, tragar-te
Arrancar-me de securas e demoras
Da pele ardida, deposto à desforra
No teu sopro a final de tarde
Ainda sinto, odor não esquecido
Falam os dedos por mim, a ti
Entre meandros de ardil frescura
Nervurada astúcia, nervosa espera
Pelo sonho ser ensejo à tua luz
Aqui se aprende, presente pendente
Na sábia contenda, contida, maldita
Corroendo a singularidade, a pessoa
Um tanto esguia, pouco ou nada sombria
E difícil é partir, largar tristezas
Apagar quem vê, este que não dorme
Sedimentar-te, meu bruto diamante
E tão clarividente, cuspir-te
Colar-me de efémeros encharques
Dos ossos contidos, ganhos a soldo
No silvar a madrugada ainda criança
Nada te toco, e a custo me troco
Calam-se os olhos, de ouvido à espreita
Em todo o espaço a que me destino
Destilo demoras e, matreiro, sorrir
Pelas horas, não me dar ao escuro
Terracota em coração de ferro
Moldável concreto, a tez da distância
Corre-me o horizonte nas veias
Tão perto do céu, assim longe de mim
Na lábia sabida, sentida, nua língua
Comovendo o mundo por inteiro
Um pouco de nada complexo
E simples é chegar, abraçar o sorriso
Pintar a cegueira, certa de sonhos
Revolver-te em águas, tuas lágrimas
E, ainda turvo, tragar-te
Arrancar-me de securas e demoras
Da pele ardida, deposto à desforra
No teu sopro a final de tarde
Ainda sinto, odor não esquecido
Falam os dedos por mim, a ti
Entre meandros de ardil frescura
Nervurada astúcia, nervosa espera
Pelo sonho ser ensejo à tua luz
Aqui se aprende, presente pendente
Na sábia contenda, contida, maldita
Corroendo a singularidade, a pessoa
Um tanto esguia, pouco ou nada sombria
E difícil é partir, largar tristezas
Apagar quem vê, este que não dorme
Sedimentar-te, meu bruto diamante
E tão clarividente, cuspir-te
Colar-me de efémeros encharques
Dos ossos contidos, ganhos a soldo
No silvar a madrugada ainda criança
Nada te toco, e a custo me troco
Calam-se os olhos, de ouvido à espreita
Em todo o espaço a que me destino
Destilo demoras e, matreiro, sorrir
Pelas horas, não me dar ao escuro
Terracota em coração de ferro
Moldável concreto, a tez da distância
Corre-me o horizonte nas veias
Tão perto do céu, assim longe de mim
9 comentários:
Não importa a distância... mas sim o que fica connosco de concreto!
Beijo
... assim longe de mim.
Síncrono de sentimentos. Muito bom :)
..e do longe se faz perto :)*
gostei da forma como o primeiro e o último verso se conjugam tão bem.
Aqui se prende, aprende no presente
Tão perto do céu, assim longe de mim
e definitivamente... no meio (entre o primeiro e o último verso) está a virtude.
=)
Post com muitas asas!
Quando o longe...
é um estado de alma...
:)
Bé|jo
http://be-david.blogspot.com/
Caramba...importas-te?! É que fico de queixo caído perante as tuas palavras!
Beijo de boa semana, Sofia
Estar longe.. ou "ser" longe? A distância física é a mais fácil de vencer... a outra, a da alma, é escolha, é doença, é solidão crônica.
É estar sempre por um fio...
Complexo poema, introspectivo.
Beijokas.
Enviar um comentário