Continuas de mãos vazias, em que a magia não entra no teu sorriso. Chamas-te nenhum nome, pareces-me tão ninguém, desconhecida que me é familiar. Estás-me desperta, encanto em que tanto me desejo transfigurar. Aparentas ser a minha quietude, mas não és, mas não és. Trazes correntes na tua língua da razão. Sem magia, cortas-me o coração a meio. Gosto, gosto dessa pedra que carregas no peito.
Sentas-te à porta, esperando que chegue a morte do dia. Aguardas que te encha a boca de flores, que te preencha o vazio que te fica no âmago, tão sólito, tão teu. Carpir um desejo, a ânsia estendida ao sabor das ébrias batidas do peito. Esperas, esperas como eu espero por ti, pela noite que chega nos seus dedos de veludo e nos sussurre, fechados, escondidos, clamados a sós.
Não me falas, nem espero que existas para além do meu rosto, cansado, nos olhos oferecidos ao mundo, ao esquecido que sou. Vou dizendo que sim, repetindo-me neste aceitar que o sol me seque a boca, sem que a beijes, sem que... te esqueça. Pareces-me tão bem, inspirar-te em falta, dilacerar-me deste jeito que me trazes ao coração que vive na garganta, tranquilo.
Agora que as palavras me parecem menos estranhas, a língua menos áspera, sinto-me mais plano. Sim, tranquilo, como o verdadeiro homem que espera numa estação isolada da linha. As paredes vazias de ti, despidas da tua presença, desta dor tão calma com que te fazes notar. Dei-te já tantos nomes, tendo a solidão apenas um, o meu. Ofereci-te a tantas noite enfim, à incomensurável medida do amor.
Continuas assim, de mãos vazias e sorriso alheio à magia. De joelhos escanzelados, descalça de qualquer tipo de reflexão quanto ao tempo que ainda falta para que chegue a noite. Eu, por entre o veludo tua pele, desejo a tua boca, mordendo-me em qualquer sentido que tenha na alma. Porque de nada já importa residir num vago olhar lançado ao arvoredo, se lá não estás entre os bichos da madrugada. Mesmo sem resistir à dúvida enciumada, se tanto me fixas o olhar, apenas para que consigas tocar a lua, ou se espelham apenas quem tu és.
Agora sim, tranquilo nesta estranheza que me embarga, enovelado na maciez tua paixão. Pinta-me este sanguíneo traço no ar, o lastro férreo guardado na boca, seguindo cada passo um do outro, um no outro. Aparentas iluminar cada recôndito desejo que exista por entre este meu mundo, quando apenas alumias a triste flor pendurada no teu cabelo.
És tão bonita, tão bela no teu desarraigado soluço, no teu perfume que me soa a violeta mortiça. O teu corpo escondido neste meu pesar. Desjeitosa, gemes em parcimonioso êxtase, sublimas a avidez numa brisa calada. Gosto. Gosto quando tudo anulas e te ofereces num todo, neste tanto que te sou. Tranquilo te trago na saliva, nas inexistentes palavras entre nós. Tranquilo, tranquilo me deixas na dor, neste vadio tanto querer.
Sentas-te à porta, esperando que chegue a morte do dia. Aguardas que te encha a boca de flores, que te preencha o vazio que te fica no âmago, tão sólito, tão teu. Carpir um desejo, a ânsia estendida ao sabor das ébrias batidas do peito. Esperas, esperas como eu espero por ti, pela noite que chega nos seus dedos de veludo e nos sussurre, fechados, escondidos, clamados a sós.
Não me falas, nem espero que existas para além do meu rosto, cansado, nos olhos oferecidos ao mundo, ao esquecido que sou. Vou dizendo que sim, repetindo-me neste aceitar que o sol me seque a boca, sem que a beijes, sem que... te esqueça. Pareces-me tão bem, inspirar-te em falta, dilacerar-me deste jeito que me trazes ao coração que vive na garganta, tranquilo.
Agora que as palavras me parecem menos estranhas, a língua menos áspera, sinto-me mais plano. Sim, tranquilo, como o verdadeiro homem que espera numa estação isolada da linha. As paredes vazias de ti, despidas da tua presença, desta dor tão calma com que te fazes notar. Dei-te já tantos nomes, tendo a solidão apenas um, o meu. Ofereci-te a tantas noite enfim, à incomensurável medida do amor.
Continuas assim, de mãos vazias e sorriso alheio à magia. De joelhos escanzelados, descalça de qualquer tipo de reflexão quanto ao tempo que ainda falta para que chegue a noite. Eu, por entre o veludo tua pele, desejo a tua boca, mordendo-me em qualquer sentido que tenha na alma. Porque de nada já importa residir num vago olhar lançado ao arvoredo, se lá não estás entre os bichos da madrugada. Mesmo sem resistir à dúvida enciumada, se tanto me fixas o olhar, apenas para que consigas tocar a lua, ou se espelham apenas quem tu és.
Agora sim, tranquilo nesta estranheza que me embarga, enovelado na maciez tua paixão. Pinta-me este sanguíneo traço no ar, o lastro férreo guardado na boca, seguindo cada passo um do outro, um no outro. Aparentas iluminar cada recôndito desejo que exista por entre este meu mundo, quando apenas alumias a triste flor pendurada no teu cabelo.
És tão bonita, tão bela no teu desarraigado soluço, no teu perfume que me soa a violeta mortiça. O teu corpo escondido neste meu pesar. Desjeitosa, gemes em parcimonioso êxtase, sublimas a avidez numa brisa calada. Gosto. Gosto quando tudo anulas e te ofereces num todo, neste tanto que te sou. Tranquilo te trago na saliva, nas inexistentes palavras entre nós. Tranquilo, tranquilo me deixas na dor, neste vadio tanto querer.