Roliço, submisso, bonito menino que tive na mão. Apaixonada, ruindade gostosa de te azedar nas minhas mãos. Tens grito, desespero, fundo esse que me deixa louca. Tens fé, fundo que não atingi, tens a força de homens que não és, estás louca. Estou em mim, estive em ti, por todo o lado, sem querer chegar. Não partiste nem chegaste, não ficaste e nem vieste sequer. Não te entendi, não me resolvi. Não te resolveste nem me dissolveste. Não quis! Não me quis! Querias. Crias. Acreditei que te matava. Acreditei-te, em tantos créditos. Crivaste-me de balas na tua saliva. Ai a tua língua. Em mim, em ti, de mim, para ti... que é de nós! Sou boa, sou má. Sou melhor, já estive melhor. Para bem de nós, melhor dos melhores. Somos momentos, pedacinhos meus em ti. És boa, repito-te. Não te repitas, repete-me. Remete-me para o teu recanto, querendo ser tua dor. És-me mais que sol. Dás-te mais que lua. Façamos, fizemos, faremos. Disseste. Disse-te assim, como era. Desnudei-te à força. Eu gosto. Gostei que tenhas gostado. Meu menino, depravado, sucinto. Inacabado, o meu desejo por ti. Meu bem. Fui mal. Foste bom entre as minhas pernas. Pelo teu corpo. Por entre naufrágios para nunca voltar. Vida. Sim, aqui dentro de mim. Incessante, investias em mim como tempestade contra o molhe. Molha, molha-me. Escolhe a lingerie. Cobre-me de beijos, injecta-me o teu veneno. Secar-te as lágrimas, deteriorar-te todo o mal. Meu bem. Meu azedume dos dias em que sorris menos, quero-te. Vamos, quero pintar-te. Aos teus olhos, sou fogo que te conduz. Lambo-te. Inflama, reclama por mais. Menina roliça, submissa, tão bonita que ficas na minha mão. Apaixonado, ruindade gostosa de te adoçar. Tens silêncio, tranquilidade adormecida, nesse teu fundo que me deixa louco. Tens fé, superfície de seda, delicado papel de arroz, deixas-me louca. Estás em ti, estiveste por mim, concentrada num ponto, até te dar tudo. Cheguei e já não parti, chegaste e já não foste. Entendeste, resolveste-me por completo. Quero! Queres-me! Salivas, pedes por mais te querer. Dava-te vida na saliva dispersa por ti. Ai a minha língua. De mim, por ti, para mim... por nós. És má, és boa. És pior, melhor ficas assim, comigo. Para mal nosso, queremo-nos mais, em pecado que seja, todo nosso. Partilhado. Estou. Sou. Estás. Somos. Repete-te. Repete-me. Remeto-te para este meu canto, e depois aquele... e mais outro além, sim... mais abaixo... isso. Pedacinhos teus que são tanto. És bom, repito-me. Não me repitas, não me acabes, continua-me. Sejamos, fomos, seremos. Disseste. Disse-te assim, como eras. Desnudaste-me em doçura. Gostaste de gostar. Minha menina depravada. Sinceramente, quero-me tua, possessa deste nosso ser. Um e outro. Outro de outrem. Meu bem. Meu mal.
18 comentários:
Meu bem...meu mal...
Queijo bom, definitivamente. Desde a primeira dentada... aliás, desde a dégustation ;)
Brutal.
Beijo, queijo!
Um queijo
Um beijo
Desejo de te ter.
Atas-me
Atiças-me
Engoles-me o ser.
Constrois-me
Destrois-me
Amo ate doer.
Querendo-te...
Meu fogo!
Meu jogo!
Mais quero sem te ver...
Olhando-te apenas :)
( meu queijo bom...)
em todos as maldades há o maior dos prazeres*
Excelente jogo de palavras...
Like a song :-)
Beijoca
Menino que te tenho em mim!
Devoro-te, de mil e uma maneiras.
Devoras-me, de corpo e alma.
Repetimo-nos, até à exaustão!
(susurro) Vai ser sempre assim
O bem procura sempre um pouco de mal, o doce um pouco de amargo, a força um pouco de fraqueza.
E tudo corre bem se nas doses certas.
Sê feliz!
Não me lembro. Esqueço-me facilmete. Deve ser porque como muito queijo.
Xi.
Queijo!?!? Lol!
Está demais... está fantátisco!!!
Adorei!
Um beijinho grande
um duo...
um querer
dois quereres...
ma...bem...
BEM
abrazo serrano
li o final com...música! :)
meu bem meu bem...meu mal...
Não diria bom ou mau. Diria Branco e preto. Simétrico
O bem e o mal tão distantes, mas maravilhosamente unidos.
Para além do bem e do mal... a essência...
Beijos nem bons nem maus...
Estou extasiada contigo!
Que diálogo fabuloso!
Como consegues tu "brincar" assim com as palavras?
Sinto-me tão pequenina aqui...
Espectacular. E lido depressa é um mimo! Ah queijo do Alentejo, bom ou mau tanto me faz desde que me digas tanto.
maré
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