A cor fatal, destinada a impregnar-me os sentidos, resultou num fracasso bem redondo e pesado. Pensei eu, na minha bondade, talvez seja resultado de uma má mistura de componentes. O Azul, triste e frustrado por não mais me alegrar, convencia-se em enfadonho degrade, que nada mais valeria pintar.
Era um rubro desejo de vingança. A maldita nuvem que me impede de brilhar. Azul, onde já não estás, nem vive o tom que me alegrava. Azul, porque sempre foste azul, e eu nem sei de que cor te pintas agora.
Segreda-se, aos soluços de cada voz, num esconderijo do coração, confissões e conspirações de paletas. Azul, diz-me que o mar te pertence, que o céu vive e morre em ti. Por esta cor, nada mais me interessa escrever, mesmo que escreva no papel a negro retinto.
Encomendo, à tua responsabilidade, a cor do olhar de quem me sabe ver. Ao sol ordenei o seu sorriso, tamanho de uma alegria de criança. Azul, diz-me que sou tão parecido a ti, mesmo que os meus olhos espelhem a terra. Não são enganos, nem prantos que me servem de capote. De azul tingido, o lago, até onde tudo termina, mesmo que o mundo tenha mais voltas a dar.
No seu encalço, retomando um caminho quase esquecido perdido, sigo em leve passo, querendo atingir o cerúleo, daquele sem nome. Mais que universal, marcando sem pressa de tempo, a hora de um beijo repartido.
Azul, que não desbote em mágoa, nem manche o lençol sem mácula. Marca-me antes em destino que te sou. Naufragar no mergulho lento em ti, sorridente, tendo presente na memória, tudo o que me resta de ti, azul.
Era um rubro desejo de vingança. A maldita nuvem que me impede de brilhar. Azul, onde já não estás, nem vive o tom que me alegrava. Azul, porque sempre foste azul, e eu nem sei de que cor te pintas agora.
Segreda-se, aos soluços de cada voz, num esconderijo do coração, confissões e conspirações de paletas. Azul, diz-me que o mar te pertence, que o céu vive e morre em ti. Por esta cor, nada mais me interessa escrever, mesmo que escreva no papel a negro retinto.
Encomendo, à tua responsabilidade, a cor do olhar de quem me sabe ver. Ao sol ordenei o seu sorriso, tamanho de uma alegria de criança. Azul, diz-me que sou tão parecido a ti, mesmo que os meus olhos espelhem a terra. Não são enganos, nem prantos que me servem de capote. De azul tingido, o lago, até onde tudo termina, mesmo que o mundo tenha mais voltas a dar.
No seu encalço, retomando um caminho quase esquecido perdido, sigo em leve passo, querendo atingir o cerúleo, daquele sem nome. Mais que universal, marcando sem pressa de tempo, a hora de um beijo repartido.
Azul, que não desbote em mágoa, nem manche o lençol sem mácula. Marca-me antes em destino que te sou. Naufragar no mergulho lento em ti, sorridente, tendo presente na memória, tudo o que me resta de ti, azul.
Imagens: (http://lampadamervelha.photoblog.com)
5 comentários:
Poema tingido de azul...o azul, meu amor, que só tu sabes pintar!
:)*
nunca fui o teu azul.
de negro me visto e me pinto
de cinzento me conheço
de vermelho me pareço,
mas minto.
engasgo-me em vinho tinto
e adormeço;
acordo sem côr
o arco-irís não existe
mas insiste
em provocar-me dor.
e o roxo não me é estranho,
tem a cor do meu tamanho.
Já nada escuto,nenhuma nota e nenhuma cor. Salto de nuvem para nuvem, talvez perseguindo a nota mais azul,a única razão e o seu único fim...
se todos gostassem de azul... estavas feito ;)
p.s.: o azul é da cor que nós quisermos!
bisou*
...como o amor de D´javan.
azulinho.
_______________M_____
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