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sábado, 25 de novembro de 2006

Negro

Apetecia-me riscar-te a negro

Pintar-te para não te ver

Cego




A negro manto

Esta dor

A Dor

Ei-la

E como domino, no instante




E como saboreio, a própria, tu.

Amar, é ódio.

Palavras, vãs

Insípidas.

Negro, de luto




De chegar a bom termo, eclodir no próprio olhar.

Negro, de tudo

De mim,

Para mim


Em toda a linha que me divide

A fronteira



A sós.


imagem: Marco Neves

5 comentários:

Anónimo disse...

o negro é uma cor que, até quando se porta mal fá-lo com elegância ;)

A.***

Anónimo disse...

hum... que há Marco? Ficou mesmo tudo negro de repente. O negro também pode ser sensual mas hoje puseste-o com outro sentido.

Aestranha disse...

A pele... essa eterna fronteira que nos faz sempre saber que... estamos a sós.

Beijo a tons de negro (vários...)

Sìlvia Neves disse...

O negro... esse tom que tudo esconde mas que não deixa de sentir...

Joker disse...

No negro que tudo esconde, tudo se pode revelar...!

Cheers