Tudo se desfaz
e quem me fez, na sua pele
sentiu-se tentada a não se dizer segura
esquecido era, senão este palmo de peito
um aperto em constante negação
Tudo se desfaz
e quem te deu, minha rosa
um rosto que desconhece a prosa
nem receosa da chuva, me dirias assim
tão bom é lavar-me na certeza do nada
Tudo se desfaz
augúrios, prementes dias quentes
um diluído mar de sorrisos
escorridos cabelos pelos ombros
marés e mais que mergulhos, as despedidas
Tudo se desfaz
seguindo um caminho de terra
procurando o rosto manter-se seco
deixando o mar para trás das costas
sem o desejo imperar no regresso
Tudo se desfaz
nos nós, nas correntes e linhas de pensamento
na ânsia de salgar os sentidos e calar o mundo
na boca que engole, nos olhos que ardem
esta força de me saber entre as vagas
Tudo se desfaz
aos incapacitados caprichos de quem não vive
feitos em segredos, castelos de areia
ao areal na boca, cospe-se em nojo relutante
na pele raiada de branco sal, até aos lábios o negam
Tudo se desfaz
quando nada mais sobra que a espuma das ondas
e o medo de tomar as rédeas é um soluço constante
dir-me-ia morto, condenado ao fracasso
sem este amor, na loucura de me perder nas horas
Tudo se desfaz
contra o areal calcado a cada ida, a cada volta
sem que o mar me deixe de embalar
e eu, no jeito de homem que abraça o destino
nada se dissipa no esquecimento
sem que nada me faça desfeito
Tudo se desfaz
dado ao esquecido tempo maior
por o querer mais lato que a alma
mais fundo na retina, no mais escuro da noite
em tudo o que nasce e morre em mim
e quem me fez, na sua pele
sentiu-se tentada a não se dizer segura
esquecido era, senão este palmo de peito
um aperto em constante negação
Tudo se desfaz
e quem te deu, minha rosa
um rosto que desconhece a prosa
nem receosa da chuva, me dirias assim
tão bom é lavar-me na certeza do nada
Tudo se desfaz
augúrios, prementes dias quentes
um diluído mar de sorrisos
escorridos cabelos pelos ombros
marés e mais que mergulhos, as despedidas
Tudo se desfaz
seguindo um caminho de terra
procurando o rosto manter-se seco
deixando o mar para trás das costas
sem o desejo imperar no regresso
Tudo se desfaz
nos nós, nas correntes e linhas de pensamento
na ânsia de salgar os sentidos e calar o mundo
na boca que engole, nos olhos que ardem
esta força de me saber entre as vagas
Tudo se desfaz
aos incapacitados caprichos de quem não vive
feitos em segredos, castelos de areia
ao areal na boca, cospe-se em nojo relutante
na pele raiada de branco sal, até aos lábios o negam
Tudo se desfaz
quando nada mais sobra que a espuma das ondas
e o medo de tomar as rédeas é um soluço constante
dir-me-ia morto, condenado ao fracasso
sem este amor, na loucura de me perder nas horas
Tudo se desfaz
contra o areal calcado a cada ida, a cada volta
sem que o mar me deixe de embalar
e eu, no jeito de homem que abraça o destino
nada se dissipa no esquecimento
sem que nada me faça desfeito
Tudo se desfaz
dado ao esquecido tempo maior
por o querer mais lato que a alma
mais fundo na retina, no mais escuro da noite
em tudo o que nasce e morre em mim
11 comentários:
Dias felizes estes...salpicados de risos e mar.
:)*
Será que tudo o que vem até nós é esquecido? ;)
..."em tudo o que nasce e morre em mim."
Nem tudo se desfaz ;)
Mas se assim for com os pedaços constrói-se algo novo.
desfaz para nascer, morre o podre para dar abertura ao que reluz
beijo
"Tudo se desfaz
nos nós, nas correntes e linhas de pensamento
na ânsia de salgar os sentidos e calar o mundo
na boca que engole, nos olhos que ardem
esta força de me saber entre as vagas"
Baci
quem é que tem paciência para ler esta merda, caray?
Negação do nada as despedidas no regresso vagas o negam nas horas desfeito em mim.
[--->São as tuas últimas palavras de cada verso]
E é assim. Ás vezes. Como as constipações, toma se o belo do aspegic com a esperança de matar o 'bicho'. Mas, ás vezes... e só ás vezes, as constipações são necessárias, para se dar valor aos dias em que estamos a modos que 'sãos', e que desfazemos as retinas.
Há mar e sal fino.
E depois há o oceano e sal grosso.
Gosto mais da última.
Faz espuma.
(Não é que te interesse saber, mas a minha aorta gosta mais de te ler em prosa)
Adorei conhecer o Fred e a Ginger!
Lampâda mervelha chamado ao Roupa Prática! ;)
Graças ao dinamismo da sociedade de consumo tudo se desfaz mas também tudo se refaz: a sexshop salvou o amor! boa semana
Enviar um comentário