Encerra-se em medos
gotejantes, desmedidos pavores
que ao coração sabe a farpas
mágoas revoltosas, revoltantes
e dá-se a volta completa
no sentido errado
inerte de qualquer sentimento
despido, de mãos vazias
atormenta-me o medo do nada
não de vazios, de ocos momentos
ou partituras em branco
porque já lá estive, no outro lado
ali, mais além da luz
mais para além de quem sou
do que me toma e me embala
assim...
em pleno rosto das noites escuras
destes velórios... de nada
sou corpo presente, nesta pele que me agrada
que agarra, descola e volta a colar
pegando, insinuando a repetição
a uma compleição escusada
assim...
em pleno rosto das coisas sombrias
destes escombros... de nada
sou um todo amante
um pouco ou nada presente
um vigoroso errante
de parcos costumes comuns
encosta o frio solfejo do teu nome
reencarnam gélidos, antigos pesadelos
assim...
bem devagar em mim
devagar... mais para o fundo
terno gume lancinante
debruado a dourada mudez
nudez crua de me sentir novo
de novo
...

sábado, 6 de fevereiro de 2010
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Insatisfeito
É triste chegar a um ponto tão insípido como este. Nada me ocorre pelas veias, mesmo nos momentos a sós, e tantos são..
Uma revoltazinha faz-se sentir aqui fundo, mas sem que passe disso. Uma coisinha qualquer tenta fazer-me chegar à razão.
Volta, gigante adormecido que nas palavras vives..
..que só nas palavras existes
..que a sós nas palavras te encontras
e reencontas
e recontas
e te esqueces
e... e... e é aquele nó na garganta
quando sentes em cada letra que mostras à luz
à incandescência da tua descida
...
a qualquer coisa, enfim.
...e entre a estagnação aguda do tempo, algo fiz sem que nada fosse novo.
Voltarei sim.
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