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segunda-feira, 15 de maio de 2006

Arranhões

Os arranhões que me causas
Ignoro a dor, é pouca
Fiquei vazio, sinto que estou
Completamente vazio…
Não me sinto,
Não entendo
O que é bom? O que é mau?
Não sei… não quero…
Ajuda-me, acode-me
Tranquilo ficaria na tua presença
As tuas mãos dedilham-me
Torneando todo o meu sentir
Faz-me cócegas,
Toca-me…
Os teus arranhões,
Os vincos que me causas,
O sangue em que me tornas
A dor… esta que não se aguenta
Aleijas-me, amando-me
Sinto um vazio, na distância
Extenso mar de terra
Em cada vale deixo um suspiro
Em cada cume um aceno
Deitamo-nos neste leito
Verte em mim, paixão
Um rio de sentir, o teu
Nada digo de novo, repito-me
Contemplo-te daqui
Preocupado, alerta
Espero que adormeças
Minha espinhosa rosa
Pego em ti, cheiro-te
Descanso, adormeço agora
Levado por ti
Pensando em ti
Porque o quero fazer
Gostando de ti
Espero-te…

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